"pra crescer precisamos matar e morrer"

estou começando a escrever uma peça

"um Requiem para um parto"

aos poucos aqui

te espero ali na esquina, sabe onde o morfeu toma uma cervejinha depois do espediente, te espero ali,

onde eros para pra olhar as moçaste espero naquele lugarzinho

onde apolo para pra olhar as estrelas,

onde atena se perde nas ideias,

ares tira a armadura,

e eu com asas nos pés emprestadas de hermes corri pra te esperar

Ramadan

jejum no islã
fome

fome religiosa

agora mesmo morremos de fome
morremos de fome de olhares cafés e estalares de dedos

chovemos nossos sonhos em taças de palha de milho
palha dourada inscrita com o corão
a bíblia ou os nomes de nossos amantes

na soleira da porta duas crianças descobrem o que é um beijo
e lá, saciam nossa fome

olhando pra minha foto

verbo no presente continuo

confundindo gramatica portuguesa com inglesa

pensando por que raios minhas tintas correram

e pensando por que raios uma esfera caminha

de novo

lados paralelos de uma esfera

alcançando nada além de si mesmo

allez!!

je jeteé moi méme!

me jogo a mim mesmo!

Ouvindo creedence, uma banda tipicamente americana, vestindo uma tipica calça jeans velha, e uma tipica camiseta branca
pensando num tipico pintor polones, relendo na cabeça um tipico escritor americano que morava em paris
com uma tipica barba, um tipico cabelo branco e uma nada tipica saudade

eu usei ctrl-C ctrl-V pra escrever tipica tantas vezes
e no fim foi tão típico, que ficou atípico
tipititatumpa